A triplicar...

Chegaste...
Fizeste de mim morada
Alcançaste o meu melhor
Percorremos a mesma estrada
Com atenção ao pormenor
Hoje és tudo, deixei o nada
E entrego-me ao sabor
Embalado na gargalhada
Envolvido em amor

Ficaste...
Fizeste de mim porto seguro
E eu completo deixei-te ficar
Deixei ruir aquele muro
Que me impedia de avançar
Aí senti-me mais maduro
No que respeita a amar
Idealizando um futuro
Que pode ser a triplicar

Casa...

Como é bom entrar em casa
Respirar o teu perfume
Esse cheiro que me arrasa
E me faz chegar ao cume

Que bom é estar em casa
Tu e eu no mesmo espaço
Debaixo da tua asa
Unificados num abraço

É tão bom ficar em casa
E proteger bem o baú
Saber que este amor é brasa
E que a minha casa és tu 

MJA

Somos um instante
Breve brisa que passa levemente
Somos segundos atípicos
Em contagem decrescente

Somos velocidade
Mas sem noção da meta
Somos poeira dispersa
Uma certeza incompleta

Somos riso, somos choro
Somos tempo sem noção
Uma luta desigual
Entre luz e escuridão

Somos o agora incerto
Várias dúvidas aos molhos
Entre(tanto), somos nada
Num fugaz piscar de olhos

Caminhada...

Levo-te de mão dada
Pelas ruas da cidade
Seguimos a mesma estrada
Onde reina a verdade

De um sentimento de união
Como se fosse uma ponte
Um só coração
A beber da mesma fonte

Sem espinhos...

Chegaste e nunca mais perdi a cor
Porque me contaminas com alegria
Todo um ser que para mim é amor
Sentimento galopante que contagia

Hoje sei que nada é por acaso
Ambiciono formar um só coração
Quero que o cato plantado neste vaso
Tenha os únicos espinhos da relação