Parei o tempo num gesto tímido uma vez que estavas perto
Ao ponto de te sentir mas não te conseguir ver
Tu trouxeste o nublado mas eu sabendo que era o certo
Resolvi manter a chama que teimava em não arder
Iniciei com palavras estúpidas um breve caminho solitário
Com o intuito de te manter por perto apesar da distância
Involuntariamente caí em sonhos idealizando um cenário
Ao mesmo tempo que lias em mim o crescer da importância
Então embriagado por ti fui avançando calculista
Sem saber que me conquistavas apesar da tua ausência
Tornei-me prosa e por lapso acabei por te dar a pista
E revelar-te em silêncio que já existia dependência
Viajei até ti, deixa-me ficar sem acordar
Escrevi para ti, p'ra me manter a sonhar
Só peço para mim, que te deixes levar...