segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Saudade...

Saudade...
Palavra triste quando por ti chamei
Saudade...
Palavra com alma que tatuei

E hoje ao dormir em desespero grito:
"Fica e não vás..."
E de repente acordo e questiono:
"Saudade, afinal onde estás?..."

Estado de espírito...

Textos imortais transformam palavras
Mergulho no eu mais profundo
Quando chegas limpo as lágrimas
Que fui acumulando lá no fundo

Hoje a minha alma canta o presente oferecido
Ontem sim, hoje não, quem sabe no futuro…
Três tempos distintos sem resposta
Que guiam para a forca este ser tão inseguro

Alegria existe? Não nesta caixinha mágica
Chega-te perto, fica apenas um segundo
Consigo tocar-te, ver-te, sim estas aqui
Já sou o mágico mais feliz do mundo

(In)existente...

Procura onde não me podes encontrar
Sou invisível aos olhos de quem vê
Sou alma sem sombra…frase de dúvida…
Que se inicia e termina no porquê

Porque sou assim?
Pintor de palavras insignificantes
Alguém que é nada…que é tudo…
Que vive o depois mesmo morrendo no antes

Estúpido é viver assim
Quando os pés não tocam no chão
Sonhar sim…exagerar não…
Porque a queda é grande para mim, mas maior para o coração

O actor...

Sou actor que representa
O fictício e o real
Personagem secundária
Interveniente principal

Dúvida, confusão
Tormento e tristeza
Elementos do guião
Que me trazem incerteza

Encarno a personagem
Mais e melhor é impossível
Sei o texto de cor
É um filme previsível

Uma filmagem que vai longa
Filme triste, o da vida
Gravar quase duas décadas
De sentimento suicida

Fase terminal...

Puxados pela morte
Mas agarrados á vida
Visível a dor
Mas invisível a ferida

Um sorriso enganador
Que esboçam por bondade
De quem por eles tem amor
E os ama de verdade

Só os olhos falam
(Dicionários de sentimentos)
São espelhos do tempo
Que imortalizam momentos

Que pena dos mais sós
Que pensam que é só mais um dia
Que têm o silêncio para ouvir
E uma máquina por companhia

2008

outra fase...