domingo, 19 de dezembro de 2010

Missão...

Vem, ocupa o meu pensamento como sempre fazes
E faz com que continue a sorrir para o olhar que me abraça
Ainda bem que resolveste aparecer, que me conseguiste preencher
Sem que nunca cogitasse se o meu coração estaria sobre ameaça

Agora que estás aqui tão perto que te sinto a quilómetros de distância
Sei o que é realmente gostar, e não quero considerar a hipótese de privação
És tanto que não suporto adormecer sem que tenhas entrado no pensamento
Pois não quero correr o risco de acordar e não encontrar recordação

És mais do que até eu próprio imagino, muito mais do que imaginas tu
E bem mais do que ambos imaginamos que possa ser considerado possível
Porque consegues ser tanto e tão grande dentro de tão pouco
Que te tornas inimaginável, incomparável e de certa forma inatingível

Por isso quero que te mantenhas para não cair em isolamento suicida
E para que possa provar que sempre foste o meu poema mais racional
Quero que não questiones o facto de teres surgido na minha vida
E que não te arrependas de não dares importância por ser algo opcional

Contigo esgotam-se as palavras pois mereces o mais raro e escasso
Porque mereces tanto que nem sei se consigo encontrar p’ra te oferecer
Pelo menos lutarei p’ra continuar a fazer o que há algum tempo faço
Desenhar o teu sorriso, p’ra te impedir de sofrer

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Presença...

Sinto frio…
Este vento que gela revela dependência
E vai-me gelando
Vai-me avisando
E fazendo notar a tua ausência

Sinto muito frio…
O vento sopra como se merecesse o pior
Parece que me castiga
Parece que me obriga
A sentir-me fraco, a sentir-me menor

Agora não sinto frio…
O vento afastou-se, fez o favor
Ainda bem que apareceste
E que não esqueceste
De me dar o teu calor