sábado, 2 de abril de 2011

Não vás...

Por favor não vás…não vás…
Não te ausentes…não vás…
Porque queres cair nesse mundo tão teu,
Que tantas lágrimas espalhou pelo espelho da minha felicidade?
Não vás…não vás…
Mantém-te perto, mantém-te em sonhos, em pensamentos
Não te esquives á felicidade, não negues a alegria
O arco-íris também desaparece…

O nevoeiro começa a envolver-te e tu finges não ser suficiente
Finges não ser capaz, não te enganes, não caias na ilusão
Estás a agredir-te, és vítima de ti mesma
Necessidade de sofrer? Comodismo? Aceitação?
Não tem de ser assim, nunca teve de ser assim,
E nem sempre o caminho mais fácil é o mais seguro

Vejo-te desvanecer, sinto-te de forma leve
Leve como sempre foi transportares o meu coração,
Objecto, sim objecto que nunca teve peso suficiente
Para ser considerado importante, para que o desejasses ter
E tu tiveste-o meu anjo, mas faltou o desejo,
Faltou tudo, faltou nada e um pouco mais
Ou será que faltas-te tu? (como estás a faltar agora)

Dói, dói tanto aperceber-me desta ausência progressiva
Não vás…por favor não vás…
Desapareces, o silêncio e a solidão abraçam-me
E começo a sentir o peso da saudade
Começo a sentir que tudo é cinzento
Porque te vejo mergulhar nessa cor
Porque te vejo satisfeita com lágrimas
Porque te vejo como nunca te vi
E por isso te peço que…
Não vás…

(Ao menos sinto o teu perfume, sei que vou encontrar-te)

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